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Larissa não mora mais aqui é resultado de um projeto de pesquisa realizado pelo diretor Júlio Conte com jovens atores. Ao longo de um ano, os atores foram submetidos a um trabalho inovador. Buscando, através da alteração do ritmo respiratório e corporal, o estado ideal para a interpretação do personagem. Durante o processo, foram realizadas improvisações que originaram um material de tamanha qualidade, tanto na construção de personagens quanto nas próprias cenas, que nascia ali uma nova dramaturgia. Sem textos prontos, sem atuação acadêmica, o teatro real e naturalista. Acima de tudo uma peça original.

Com estética minimalista, a peça não apresenta cenário, apenas marcações no chão no estilo do filme Dogville do direretor Lars von Trier  e três bancos. Criando assim uma rápida relação com o público de onde se passam as cenas e dando livre interpretação imaginativa de como são estes lugares.

Os personagens são pessoas reais; O cara com quem você discutiu no trânsito, aquele vizinho que você pensa que é gay, a ascensorista do elevador do seu prédio, seu amigo do trabalho em quem a mulher manda e desmanda, o sindico, entre outros. Todos estão presentes. E, de uma forma ou de outra, sempre há uma intimidade entre eles e o espectador.

O espetáculo teve sua estréia em Dezembro de 2009 no Teatro Hebráica em Porto Alegre. Com grande destaque por sua divulgação, que envolvia intervenções pela cidade, ações de rua e sites como Twitter, Orkut e Facebook. A peça teve em sua primeira temporada um público de mais de mil pessoas em apenas seis apresentações.

Devida a repercussão foi convidado a participar do 11º Porto Verão Alegre (festival local de teatro musica e dança) no Teatro Renascença do dia dois até o dia quatro de Fevereiro. Em cada dia, o público ultrapassou as cento e cinqüenta pessoas. Depois cumpriu temporada no palco do Teatro Renascença em Fevereiro. Agora está de volta no teatro da Hebraica.